Reforçar a organização<br>Garantir o futuro
Mais de 200 quadros do PCP da Península de Setúbal participaram, sábado, num plenário regional, onde reiteraram o firme compromisso de reforçar a organização e a intervenção do Partido em 2010, de forma a concretizar as orientações do XVIII Congresso.
«Reforçar o Partido é a grande tarefa que temos pela frente»
À primeira vista não seria possível, em apenas uma tarde, debater tudo aquilo a que o plenário regional de quadros de Setúbal do PCP se propunha: analisar o ciclo eleitoral; discutir as grandes linhas de intervenção para 2010; avaliar a situação social e política regional. Não estivéssemos a falar do PCP e o tempo seria efectivamente curto.
Acontece que o plenário de sábado, realizado na Escola Superior de Ciências Empresariais do Instituto Politécnico de Setúbal, esteve longe de ser o único levado a cabo na região desde o último acto eleitoral, a 11 de Outubro: exceptuando as reuniões regulares do Partido, 54 organizações de base da região (pouco menos de metade das existentes) já haviam promovido reuniões alargadas, respondendo assim ao apelo lançado pelo Comité Central a seguir às eleições.
Na intervenção de abertura do plenário, Margarida Botelho, da Comissão Política, destacou a necessidade de «planificar a realização das restantes até final do ano, de forma a envolver o maior número de militantes possível nesta discussão». Considerando ser «justo e muito merecido que cada um de nós precise de descansar e retemperar forças», a responsável pela Direcção da Organização Regional de Setúbal do Partido acrescentou que «a vida não pára e, como se vê, o nosso Partido também não».
Já no mês de Dezembro, lembrou, há várias tarefas a que os militantes e organizações do Partido devem corresponder: denunciar e responder à «grave situação social que se vive na região»; levar a cabo a campanha «É com o PCP que podem contar», levando o seu folheto aos locais de trabalho, de residência, aos terminais de transporte «onde fomos muitas vezes na campanha eleitoral e onde é imprescindível que as pessoas continuem a ver e contar com o Partido»; concretizar as jornadas de actualizações do ficheiro e a campanha «Um Dia de Salário para o Partido».
Ir mais longe
Este foi um ano particularmente exigente para os comunistas portugueses: três eleições num período de quatro meses; uma intensa actividade partidária de esclarecimento e mobilização; a intervenção diária, junto dos trabalhadores e das populações, denunciando injustiças, propondo soluções, afirmando a necessidade da luta e contribuindo para a sua dinamização e intensificação. Pelo meio, a não menos importante actividade orgânica, com as múltiplas reuniões de organismos, a cobrança de quotas, a distribuição do Avante!, o recrutamento...
Destacando todo este imenso trabalho, Margarida Botelho realçou que «este ano pôs em evidência as possibilidades reais de reforço e avanço do Partido», mostrando que «temos um grande colectivo partidário, que esteve à altura das responsabilidades que o povo nos exige».
E foi graças a este colectivo ímpar que a CDU obteve notáveis resultados eleitorais na Península: sendo a força mais votada nas eleições para o Parlamento Europeu; alcançando mais votos e mais um deputado nas eleições legislativas; obtendo mais votos e mais eleitos em câmaras, assembleias municipais e assembleias de freguesia.
Na opinião da dirigente comunista, este ano mostrou uma outra coisa: «que não só é possível como indispensável irmos mais longe. Quantas vezes dissemos uns aos outros, durante este ano, que se tivéssemos mais forças, se fôssemos mais, iríamos mais longe, falaríamos com mais pessoas, envolveríamos mais gente?» Reforçar o Partido do ponto de vista orgânico, ideológico e interventivo é, portanto, a «grande tarefa que temos agora pela frente».
Passadas as eleições
Retomar as conclusões do Congresso
É um facto indesmentível que o exigente ciclo eleitoral deste ano atrasou a aplicação das conclusões do XVIII Congresso, nomeadamente aquelas que se referem ao reforço do Partido. Passadas que estão as três eleições, é tempo de «voltar» ao Congresso e de apontar baterias para a concretização das suas conclusões – a resolução do Comité Central Avante! Por um PCP mais forte, aprovada nos dias 21 e 22 de Novembro, é uma referência incontornável para que se cumpra este objectivo.
Foi precisamente para esta resolução que Jerónimo de Sousa chamou a atenção no final da sua intervenção. Afirmando tratar-se de um documento «importante», o Secretário-geral do Partido destacou ser a «questão de fundo saber como uma linha de orientação justa é concretizada».
Em sua opinião, a planificação e concretização da resolução «será muito determinada por cada militante e organização do Partido» que, acredita, a «levarão muito a peito». Jerónimo de Sousa alertou ainda para a necessidade da sua «discussão aprofundada e da definição de planos de trabalho com particular concretização em 2010».
Em seguida, o Secretário-geral do Partido salientou os pontos essenciais da resolução Avante! Por um PCP mais forte, começando por aquela que considerou «central»: o reforço da organização e intervenção do Partido junto da classe operária e dos trabalhadores nas empresas e locais de trabalho. Para Jerónimo de Sousa, muito dos bons resultados obtidos pela CDU na região devem-se ao facto de «termos estado lá, onde pulsa o problema, onde se dá o conflito».
Referindo-se à criação e dinamização das organizações de base (outra orientação patente na resolução), o Secretário-geral do Partido destacou a importância de «ir o mais longe possível, ir à base falar com os militantes e ouvi-los, para que se envolvam nestas batalhas». Nos primeiros seis meses do próximo ano, está colocada a necessidade de realizar assembleias de todas as organizações de base, lembrou.
Jerónimo de Sousa destacou ainda a necessidade de recrutar mais gente para o Partido mas também de integrar estes novos militantes na organização partidária. «Nunca desliguemos esta batalha do recrutamento da batalha da integração desses novos militantes que apenas trazem o coração aberto e generoso para reforçar este Partido, e que precisam de ajuda, de apoio, de enquadramento.»
Foi ainda realçada a importância do alargamento da influência do Partido e da sua ligação às massas, bem como da propaganda, da imprensa e dos fundos do Partido.
A terminar, o dirigente comunista valorizou a «bela contribuição» dada pela região para o reforço eleitoral da CDU, apelando em seguida para que dê também uma «grande contribuição para o reforço do PCP».
Acontece que o plenário de sábado, realizado na Escola Superior de Ciências Empresariais do Instituto Politécnico de Setúbal, esteve longe de ser o único levado a cabo na região desde o último acto eleitoral, a 11 de Outubro: exceptuando as reuniões regulares do Partido, 54 organizações de base da região (pouco menos de metade das existentes) já haviam promovido reuniões alargadas, respondendo assim ao apelo lançado pelo Comité Central a seguir às eleições.
Na intervenção de abertura do plenário, Margarida Botelho, da Comissão Política, destacou a necessidade de «planificar a realização das restantes até final do ano, de forma a envolver o maior número de militantes possível nesta discussão». Considerando ser «justo e muito merecido que cada um de nós precise de descansar e retemperar forças», a responsável pela Direcção da Organização Regional de Setúbal do Partido acrescentou que «a vida não pára e, como se vê, o nosso Partido também não».
Já no mês de Dezembro, lembrou, há várias tarefas a que os militantes e organizações do Partido devem corresponder: denunciar e responder à «grave situação social que se vive na região»; levar a cabo a campanha «É com o PCP que podem contar», levando o seu folheto aos locais de trabalho, de residência, aos terminais de transporte «onde fomos muitas vezes na campanha eleitoral e onde é imprescindível que as pessoas continuem a ver e contar com o Partido»; concretizar as jornadas de actualizações do ficheiro e a campanha «Um Dia de Salário para o Partido».
Ir mais longe
Este foi um ano particularmente exigente para os comunistas portugueses: três eleições num período de quatro meses; uma intensa actividade partidária de esclarecimento e mobilização; a intervenção diária, junto dos trabalhadores e das populações, denunciando injustiças, propondo soluções, afirmando a necessidade da luta e contribuindo para a sua dinamização e intensificação. Pelo meio, a não menos importante actividade orgânica, com as múltiplas reuniões de organismos, a cobrança de quotas, a distribuição do Avante!, o recrutamento...
Destacando todo este imenso trabalho, Margarida Botelho realçou que «este ano pôs em evidência as possibilidades reais de reforço e avanço do Partido», mostrando que «temos um grande colectivo partidário, que esteve à altura das responsabilidades que o povo nos exige».
E foi graças a este colectivo ímpar que a CDU obteve notáveis resultados eleitorais na Península: sendo a força mais votada nas eleições para o Parlamento Europeu; alcançando mais votos e mais um deputado nas eleições legislativas; obtendo mais votos e mais eleitos em câmaras, assembleias municipais e assembleias de freguesia.
Na opinião da dirigente comunista, este ano mostrou uma outra coisa: «que não só é possível como indispensável irmos mais longe. Quantas vezes dissemos uns aos outros, durante este ano, que se tivéssemos mais forças, se fôssemos mais, iríamos mais longe, falaríamos com mais pessoas, envolveríamos mais gente?» Reforçar o Partido do ponto de vista orgânico, ideológico e interventivo é, portanto, a «grande tarefa que temos agora pela frente».
Passadas as eleições
Retomar as conclusões do Congresso
É um facto indesmentível que o exigente ciclo eleitoral deste ano atrasou a aplicação das conclusões do XVIII Congresso, nomeadamente aquelas que se referem ao reforço do Partido. Passadas que estão as três eleições, é tempo de «voltar» ao Congresso e de apontar baterias para a concretização das suas conclusões – a resolução do Comité Central Avante! Por um PCP mais forte, aprovada nos dias 21 e 22 de Novembro, é uma referência incontornável para que se cumpra este objectivo.
Foi precisamente para esta resolução que Jerónimo de Sousa chamou a atenção no final da sua intervenção. Afirmando tratar-se de um documento «importante», o Secretário-geral do Partido destacou ser a «questão de fundo saber como uma linha de orientação justa é concretizada».
Em sua opinião, a planificação e concretização da resolução «será muito determinada por cada militante e organização do Partido» que, acredita, a «levarão muito a peito». Jerónimo de Sousa alertou ainda para a necessidade da sua «discussão aprofundada e da definição de planos de trabalho com particular concretização em 2010».
Em seguida, o Secretário-geral do Partido salientou os pontos essenciais da resolução Avante! Por um PCP mais forte, começando por aquela que considerou «central»: o reforço da organização e intervenção do Partido junto da classe operária e dos trabalhadores nas empresas e locais de trabalho. Para Jerónimo de Sousa, muito dos bons resultados obtidos pela CDU na região devem-se ao facto de «termos estado lá, onde pulsa o problema, onde se dá o conflito».
Referindo-se à criação e dinamização das organizações de base (outra orientação patente na resolução), o Secretário-geral do Partido destacou a importância de «ir o mais longe possível, ir à base falar com os militantes e ouvi-los, para que se envolvam nestas batalhas». Nos primeiros seis meses do próximo ano, está colocada a necessidade de realizar assembleias de todas as organizações de base, lembrou.
Jerónimo de Sousa destacou ainda a necessidade de recrutar mais gente para o Partido mas também de integrar estes novos militantes na organização partidária. «Nunca desliguemos esta batalha do recrutamento da batalha da integração desses novos militantes que apenas trazem o coração aberto e generoso para reforçar este Partido, e que precisam de ajuda, de apoio, de enquadramento.»
Foi ainda realçada a importância do alargamento da influência do Partido e da sua ligação às massas, bem como da propaganda, da imprensa e dos fundos do Partido.
A terminar, o dirigente comunista valorizou a «bela contribuição» dada pela região para o reforço eleitoral da CDU, apelando em seguida para que dê também uma «grande contribuição para o reforço do PCP».